Oscar Wilde, cada vez mais...

Loucos e Santos

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco.

Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.

Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."

Profissão: Ser mulher!

"Veja se aprende com as mulheres da corte, como elas fazem:
Deixar que o homem acredite que está no comando. Essa é arte de SER mulher."

Algum personagem do filme “A outra” conseguiu resumir em menos de três frases o grande dilema da existência feminina. Ser do sexo forte sem assustar ninguem (e ainda ouvir coisas como estas)

Ser mulher esta ficando cada vez mais complexo, alias redundância minha, ser complexo já faz parte da essência feminina.

Depois de anos de lutas e conquistas as mais pessimistas podem até dizer que tudo foi em vão, que anos de lutas resultaram apenas em acúmulos de funções. Concordo, em partes.

A tal arte de ser mulher muitas vezes, não é somente se multiplicar em inúmeras, mãe, filha, esposa, amante, empregada, empregadora....

Mas sim fazer tudo, porém, com um sorriso no rosto.

Ser mulher é não ter vergonha de chorar em frente a milhares de pessoas num romance americano, mas agüentar até o banheiro mais próximo para que ele não a veja chorar após aquela briga.

É gastar com perfume, batom, rimel, sombra, blush, corretivo, base e dormir com aquela camiseta velha de banda abraçada ao ursinho que ganhou de uma pessoa especial.

É trabalhar em cima de um salto de 15.3 o dia inteiro, sair a noite e ainda dançar feito louca durante mais de 4 horas seguidas.

É falar mal uma da outra mas se aliar se o oponente for do sexo masculino.

É ter aquela caixinha de lembranças, camiseta de escola rabiscadas, fotos, lembranças...ah as lembranças!

Primeiro namorado, primeiro beijo, primeiro presente, aquela musica, aquele lugar...

Amiga do prédio, amiga da rua, do colégio...da vida!

Garotas, “ be a woman” pode não ser tão fácil, mas é realmente encantador e eu me orgulho por nossas histórias.

E assim como diria o cantor, parabéns não só para todas as “Marias e Clarices”, mas sim para as minhas adoráveis, intensas e amadas Erica, Rebecca, Izis, Paula, Priscila, Alice,Valentina, Violet e tantas mais que somos simplesmente por querer “ser”.

Joyce