
Morte, eita palavrinha pesada...
Prefiro pensar nela como uma viagem com passagem não reembolsável, daquelas que não se tem o direito de pegar o trem mais cedo, nem mais tarde.
Assim como toda despedida quem fica começa a sentir o coração apertar de pensar na saudade que ficará no lugar do viajante, mesmo sabendo que partindo ele aproveitará novos momentos e emoções diferentes.
Alguém muito especial “viajou” há uma semana atrás.
Não sabemos os planos que nos são traçados por alguém lá de cima, e na nossa ignorância humana nós ousamos a nos indignar e praguejar contra o modo que ele foi levado de nós... o quanto ele sofreu.
Ele lutou, temos certeza disso e muitos lutaram com ele. Quem pode dizer que a batalha foi perdida?
Essa hora já estava marcada, é fato que ele iria nos deixar, prefiro pensar que a doença foi apenas uma forma que fazer a todos nós refletir, dizer e fazer coisas que estavam esquecidas e amarradas a um passado não tão distante assim.
Foi o tempo que ele teve para dar uma pausa em seu trabalho e desfrutar feliz e intensamente da sua mais bela conquista: sua família.
Uma irmã....um carinho....os filhos...a mãe...o amor de sua vida....
Sofisticado e simples.
Culto, buscava sempre desbravar novas culturas mas sem nunca se esquecer da dele.
Para mim um exemplo de caráter, inteligência... um exemplo de pessoa.
Fico muito feliz e lisonjeada que por uma obra do destino, no ultimo ano, me aproximei dele e desfrutei de conversas, e de sua atenção, preocupação esta que nunca vou me esquecer.
O sr. João lançou a semente e fincou nossa raiz...
Edvan durante todo o seu tempo, cuidou desta planta..
E nós, que só ficamos de colher este fruto, regar e cultivar para manter vivo estamos deixando apodrecer e cair, passando do tempo...
Mas graças a Deus ainda temos esse tempo. Já diria Jim Morrison
“A morte não separa, só o que separa é o desamor.”
Encerro este texto indagando a cada um que estiver lendo a pensar que cada momento é realmente único, ele em seus últimos momentos ainda nos ensinava;
Lutava para ver cada rosto, para mais um gesto de carinho, se esforçava para falar coisas que NÓS, tendo oportunidade em abundância de dizer nos negamos por tolices do cotidiano.
Valeu tio por mais esta lição......
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